segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Libertação


 As ruas de paralelepípedo com seus becos coloridos me aprisionaram de felicidade é como se minhas orações estivessem sendo ouvidas naquele momento precioso. Sabe, foram dias em que respirar fundo era como preencher os meus pulmões de vida. Aquele lugar tinha ritmo, céu azul e muita esperança.
Essas sensações me fazem ter certeza que toda a dor, proveniente do meu mundo interior vale a pena, porque o sabor da alegria é fantástico. Sou uma viciada crônica em alegria, em felicidade, esperança, amor, paixão e todos aqueles sentimentos que me impulsionam a sonhar. Ontem, falava com uma amiga que “ela”, não era mais a mesma garota de 7 anos atrás. Eu não sou mais a mesma dos meus 15, dos meus 20, dos meus 25 e agora perto de mais cinco anos, são mais cinco anos de mudanças.
Sou um resultado das minhas ilusões, das minhas conquistas, dos meus sonhos, das minhas alegrias e das minhas dores. E quer saber, gosto muito desta mulher de quase 30 anos. Não que seja preciso afirmar isto, mas que seja preciso não esquecer o caminho que me fez chegar aqui. Sou fiel, aos meus princípios, aos meus ideais, a minha família e aos meus amigos (aos quais posso contar nos dedos). Sou muito dura comigo, presunçosa, metida, arrogante, preguiçosa, irritada, egoísta e perfeccionista estes são meus piores defeitos porque eles me doem a alma e me faz machucar as pessoas indiretamente. Odeio errar, mas erro constantemente.
Tenho essa parada de ser desconfiada e ter medo dos olhares, dos sorrisos e das intenções de quem se aproxima. As vezes sinto de mais, as vezes intensa mais, mas na maioria das vezes tenho um coração maior do que eu e sempre pronto para ajudar. Perdoo fácil e quase nunca sinto ódio de alguém, não que isto seja uma grande qualidade, mas tenho esse problema de memória e qualquer sorriso me desmonta.
Mas hoje só quero dizer adeus para alguns fantasmas que andaram me visitando e que demoraram quase três meses para irem embora. Sim, as vezes posso ser como aquela menina de 15 anos e deixar que o mundo doa mais do que ele realmente merece doer.    

Um comentário:

Lian Tai disse...

que lindo texto, Ana!