terça-feira, 24 de agosto de 2010

Entre os erros

Tá tudo errado.
Eu sei, estou aprendendo a fazer diferente e por hora preciso silenciar meus pensamentos, ordenar os desejos e enganar os meus olhos.
Estou te dizendo continua errado.
E o que faço? Não dá para continuar parada, não dá para continuar seguindo e não dá para fingir que as coisas não estão erradas.
O que seria o certo? Errar mais? Falar menos? Você não entende que por várias vezes segui o meu coração e apesar de tantos caminhos terem existido, eu nunca consegui encontrar o início, e nem por isso parei de procurar ou desisti. Quando entrava em uma nova estrada, por muitas vezes me desgovernei e deixei me controlar pela ansiedade que por muitas vezes devorou a minha paciência.
Por hora parece que te raptaram e você continua errando.
Sou jovem e me permito mudar, me permito escolher e me permito me arrepender. Como quase tudo sempre foi difícil aprendi a saborear as lágrimas, os suspiros cortados pela metade e a esperança desfeita.
Mas agora esta tudo errado.
Errado porque sinto medo, porque as coisas as vezes são tediosas e porque vejo que outras não terão mais futuro. Errado porque algumas vezes deixei de escolher o certo para permanecer na zona de conforto. Errado porque deixei de me amar para mergulhar em outros mundos que eram menos meus e mais dos outros.
Errado porque não reencontro a coragem e não chuto o balde.
Estou exausta e por hora queria só um abraço e outro suspiro, desses que damos quando estamos apaixonados.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Hoje

É impossível não me iludir. Entre uma ilusão e um punhado de desilusões ainda preciso recorrer aos meus pincéis e tintas para pintar novos caminhos, pincéis para apagar o que não serve mais. E quando tudo é menos concreto e sinto que posso desistir  retomo a realidade na sala do meu médico, agora a cada seis meses. 
Desta última vez falamos sobre amores e ele me saiu com essa: "Carol, você está mais linda do que quando a conheci. Mas ainda acho que está precisando de um amor. Ter alguém não apenas pelo sexo e sim para compartilhar a vida e dar sentido a tudo isso aqui".  
Meu médico conhece todos os dias pessoas que estão morrendo e outras tantas que estão com medo de morrer e por isso acaba vendo a vida de uma forma mais poética. E talvez por isso com muito mais sentido do que para nós.

Foi logo depois do carnaval de 2007 que descobri o nódulo na minha mama esquerda. Quinze dias depois estava na mesa de cirurgia e retirei a pedra que continha em si um risco pequeno de câncer. Não era câncer. Era apenas uma providência para que eu pudesse repensar os meus caminhos, as minhas histórias e as pessoas que queria ao meu lado. Joguei tanta coisa fora neste período e expulsei outras tantas. Um ou dois meses depois da cirurgia me bastava apenas viver o hoje e tinha que ser intensamente. A intensidade foi tanta que me chamaram a atenção no trabalho, por eu ser muito entusiasmada. Foi um dos melhores anos da minha vida. Retornei ao Nordeste depois de 10 anos e ver a praia e o mar novamente me fizeram chorar de alegria. E perceber o quanto é sutil essa definição de estar e ser feliz. Naquele pequeno instante tive a certeza que era uma mulher livre, plena e feliz. Quando fecho os olhos ainda sinto aquela onda de corrente do bem passando pela minha alma.

Sempre que retorno ao consultório do doutor Marcos e vejo seu sorriso apaixonado pela vida e por cada paciente que ali entra, lembro que sempre é possível ser feliz. Estou sentindo a onda de entusiasmo se aproximar e quero entrar nela, quero transforma o que não serve mais e criar novos significados para as coisas gastas. Então, por hora, me basta viver o hoje.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Filosofia de Piscina

Um colega da hidrobike perguntou: 
O que te faz sentir feliz?
O amor, saúde, dinheiro, carreira e estabilidade.
Depois emendou: Mas porque você não está feliz se a resposta parece tão simples?
Apenas o silêncio na piscina.
Ele disse que havia apenas uma reposta: Motivação. As pessoas para se sentirem felizes precisam de um motivo e depois de uma ação para concretizarem o tal motivo. É assim com a saúde, dinheiro, amor, bem estar e etc. A felicidade, segundo ele, está exclusivamente contida em nós e não depositada nas mãos dos outros. Não é preciso alguém para lhe fazer feliz, mas sim de um motivo certo e de uma ação compatível para movimentar a tal roda da felicidade.

***
Penso em coisas simples como a alegria de tocar o coração das pessoas com uma matéria. Saber que hoje a família de um garoto autista poderá ser assistida de uma forma adequada. Isso me deixa alegre por poder fazer o meu trabalho.

***
Lembro de coisas egoístas como atender a uma ligação telefônica e depois me sentir chocada. Não que o choque seja ruim, ele é bom, afinal você precisa de motivações para procurar por outros motivos.

***
Depois caio na teoria da motivação e procuro por um motivo. Do motivo engreno a tal ação. Ligo. Depois fico desconcertada, afinal, quebra de expectativas também fazem parte.

E se não encontrar nenhum bom motivo, lembro que sempre é possível esquecer. Eu caio na piscina e nado por uma hora ou duas, até me sentir plena e com as energias recarregadas. 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

E agora?

O que acontece depois que se chega no lugar dos sonhos? Onde eles nascem e acabam. Aqui, no lugar em que a poesia se fez possível. 
E agora? 
O que me sobra é essa alma intensa, plena, cheia de quereres e transbordando de paixão. 
Sim, estou apaixonada, pois sem "ela", eu paro. É paixão pela vida, pelos encontros, pelas descobertas. Paixão pela paixão. Paixão pelo trabalho,  família e amigos. Paixão só para ser mais intensa do que quando estou amando.Paixão para cometer loucuras e ser perdoada pelos excessos. Paixão para ligar de madruga, para fugir e retornar.
E agora? 
O que tenho são cacos, que estão mais inteiros que quebrados. Tenho espelhos e lembranças que me permitem ir e não mais voltar. Tenho a intensidade dessa vontade de ter. Essa loucura de fingir e no fundo ser o mais real possível.Tenho a certeza de que ter não é mais a solução.
E agora? 
Estou aqui, estas aqui e não estamos mais na mesma bolha. Estou viciada em voar. Estou naquele espaço de tempo onde entendi a importância, o sabor e o prazer da liberdade. Estou mais distante que os 560 km que nos separou. E é por isso que estou mais perto de mim do que de você. 
E agora? 
Cheguei no lugar dos sonhos. Estou, aqui, no lugar onde a poesia é possível. Todo o caminho, todo ele, me levou apenas a um lugar... Os sonhos só sobrevivem a partir do momento em que a paciência e a persistência viraram amigas inseparáveis.  


 

domingo, 15 de agosto de 2010

Querer

Quero mais que viver uma vida em 5 segundos...
Quero emoções caras, baratas, aquelas que me preencham de saudade, aquelas que me deixe inteira. Depois de vários fins de semanas intensos, alguns reencontros, outros desencontros e pequenas decepções, apenas procuro pelos beijos que deixaram saudade e não os encontro. Ou os encontro partidos, dentro de um suspiro de lucidez, ou apenas trancados dentro das minhas interrogações. 
Quero mais que viver a vida em 10 segundos...
Quero uma casinha, com flores na janela de onde e veja o mar. Quero caminhar na praia, comer peixe fresco e escrever um livro. E se isso não bastar, por sorte, ter alguém para conversar, compartilhar e amar.
Quero dias com saudade, dias de paz e sem a guerra ou horror das cidades grandes.
Dias sem páginas policiais, sem histórias de lágrimas, sem mortes, sem filhos viciados em crack.
Quero mais que viver a vida em 1 minuto ...
Quero a razão das emoções durarouras. As festas de boda, o chá de panela, o batizado e a viagem para Disney.
Quero mergulhar em Noronha, passear em Paris, comer pizza em Roma e chorar quando entrar na Vila Belmiro.
Depois voltar, na minha Ponta Negra, olhar para o morro e lembrar que sempre se pode ser mais feliz.
E se tudo não bastar...
... Quero apenas viver uma vida plena.

sábado, 14 de agosto de 2010

Fim da novela

Parece que a novela da minha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está perto do fim. O dono da autoescola, onde reabri meu processo, me garantiu que na segunda-feira estarei com a minha permissão em mãos. Sinto um alívio tão grande é como se um pesadelo, que começou em 2006, terminasse. 
Breve resumo: Em 2006 abri o processo e realizei as provas escritas até ter uma síndrome do pânico, durante a tentativa de fazer uma prova de volante e deixar o processo parado por quase 4 anos. Reabri o processo em outubro de 2009, fiz seis provas de volante, não tive nenhuma crise nova e na sexta passei. O problema foi que parte do meu processo desapareceu. 
Encontraram uma parte dele em abril de 2010 e apenas em junho foi que tomei coragem para enfrentar novas provas de volante. Por sorte, ou melhor, por preparo passei e agora estou a mais de 40 dias esperando pela a tal carteira.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Menino Jesus


Alguém, que espero poder chamar de amigo, me falou que este poema marcou a vida dele. Uma amiga dedicada o encontrou e em homenagem a eles o posto aqui no blogger.  O poema  é belo e merece ser relido, não apenas por eles, mas por quem tenha algum tipo de fé.

" Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.

Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.

No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.

Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -Um velho chamado José,
que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.

E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.

Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.

Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.

Hoje vive na minha aldeia comigo.

É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.

Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.

E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.

Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.

Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.

A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.

E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.

Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.

Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -"Se é que ele as criou, do que duvido."

-"Ele diz por exemplo,
que os seres cantam a sua glória,

Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.

Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres.
"
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa
.... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro."
Fernando Pessoa

domingo, 8 de agosto de 2010

Meu Pai

Quando ainda era filha única

A primeira vez que ele me salvou estava no fundo de uma piscina. Com menos de 2 anos eu já tinha essa disposição para nadar. A segunda vez quem me salvou foi minha mãe que o proibiu de pular comigo de um avião, quando nasci papai era paraquedista e queria por tudo me levar em um de seus saltos. Até hoje, apesar de amar aviões, nunca pulei de um.
Andávamos quando crianças em sua vespa, depois em sua moto de trilha ( vez ou outra na chuva e lameados por uma ou outra queda),  teve seu Opala que a Madona (nossa cachorra) insistia em comer, por ultimo teve o buggy amarelo, que ele decidiu coloca-lo na estrada. Ele e meu irmão levaram 15 dias de Goiânia a Natal. 
Meu pai sempre teve sede por aventura, sempre foi um sonhador e algumas vezes confundido por mim como irresponsável. No fundo ele só tem vontade de ser feliz e de nos fazer felizes. Amo meu pai, desde o primeiro dia em que ele me pegou no colo, desde a hora em que teve sua primeira crise de ciúmes e toda vez que faz careta para um amigo novo. Amo suas ideias malucas, sua porção companheiro e sua disposição para me buscar todos os dias no trabalho.
Com seus erros e acertos nesta vida, acho que acertou e muito quando escolheu ser pai. Certo ou errado, de seu jeito adolescente, é um grande pai e quero que seja também um grande avô, espero que um dia possa dar a ele pelo menos um neto ou neta. 
Quero que meu filho o acompanhe nos jogos do Goiás, numa pescaria, ou num parque para soltar pipa. Quero que meu filho conheça o mar em sua companhia e nade nas tardes de domingo num clube da cidade, juntos. 

sábado, 7 de agosto de 2010

O melhor bacalhau do universo

Minha vó, Dona Verinha, sentada no sofá que ela dividia com meu avô.


A casa da minha vó tem cheiro e gosto de bacalhau na primeira semana de agosto. Ainda é possível ouvir o barulho das crianças correndo pela casa e meu avô gritando: "Cuidado com a escada!". Ainda consigo ve-lo sentando, em uma cadeira próxima ao armário da sala de jantar, esperando todas as visitas se servirem para só depois fazer o seu prato.

Meu avô, Nelson Guimarães, eu, e minha avó
Vejo seu olhar de reprovação para a nossa mania de pescar o bacalhau na panela, seu sorriso espontâneo e sua vocação para fotografo. Em dias de foto, todos os sobrinhos e netos viravam assistentes de produção. Como? Os adolescentes ficavam encarregados da iluminação para as fotos e a família eram seus modelos. Bastava ele se encantar por um sorriso que eram clicks e mais clicks, na outra semana todo mundo recebia um porta-retrato com a fotografia tirada por ele.
 Lembro da satisfação do seu Nelson Guimarães, em receber os amigos, da alegria em servi a todos o  melhor prato do mundo, a bacalhoada da Dona Verinha, minha vó. As pessoas se reuniam, no aniversário dele, no quinto dia do mês de agosto, para comerem a famosa bacalhoada portuguesa com bananas nanicas da vovó. Tal prato tem um incrível sabor de infância e aroma de reunião de família. 
É por isso que a bacalhoada, nesta época do ano, tem gosto de saudade boa.
 Aprendi com minha vó que a bacalhoada é feita com azeitonas pretas- roubadas momentos antes de irem para panela-, com azeite galo, com couve, batatas, cebolas e muito bacalhau. É feita com amor de uma união de 50 anos, com o carinho de uma família de três filhos, quatro netas, um neto e dois bisnetos. É feita por amor e saudade, servida na sexta-feira da paixão e nos aniversários do meu avô. 
Já são seis anos sem bacalhau em agosto. Tempo este que o cantinho direito do sofá da sala, ao lado da minha vó, fica vázio. Período que a Globo News deixou de ser o único canal da televisão.
Meu pai, Alessandra, tia Maria Eugênia, Vovó e Valéria
Semana passada dona Verinha disse que meu avô está sempre ao meu lado, que até hoje somos cúmplices dos sonhos que tivemos juntos. 


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Minas com Bahia

 Sacudir estrelas
Despertar desejos
Numa noite fria
Uma noite fria
Uma noite fria...

No meio da rua
Lá de longe eu vejo
Minas com Bahia
E o samba ía
Juro que ía...

Amanhã é domingo, menina
Ninguém vai te acordar
Deixa chover na esquina
Deixa a vida rolar...

Sacudir estrelas
Despertar desejos
Numa noite fria
Uma noite fria
Uma noite fria...

No meio da rua
Lá de longe eu vejo
Minas com Bahia
E o samba ía
Juro que ía...

Amanhã é domingo, menina
Ninguém vai te acordar
Deixa chover na esquina
Deixa a vida rolar...é!

Daniela Mercury tem som de infância...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Imaginação

Caso pudesse imaginar as ultimas semanas eu correria de medo e faria como o garoto que não passou no vestibular para medicina (esconderia por um mês embaixo da minha cama, até ver se a vergonha e decepção passavam). Olhando no espelho veria meus olhos umidos com o restante das lágrimas que restaram. Muito dramático, mas a Ana do passado faria isso. 
Ao viver as ultimas semanas tenho prazer em dizer que estou viva e não me importo de trocar de paixão semana pós semana. Não me importo de ver desnuda a alma daquele que pensei que amava. Sou grata pela desilusão construtiva e pelas pedras retiradas do caminho e parte da pedras colocadas no meio da estrada. Independente dos obstáculos, do drama e do olhar que dou para o dia de hoje, tenho que considerar que estou viva e por hora isso me basta. 
E não me pergunte o que eu fiz com aquele fim de semana "tosco"? Para ele não existe resposta. 
Lembra da roda que rodava? Ela rodou duas vezes, nas ultimas horas, para lados inesperados ... SURPRESA geral, esperança requentada e pés cada vez mais firmes no solo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Hoje é dia de sonhar

Hoje não vou ter insônia, o sono veio cedo, com um gostinho de cansaço e de realização por ter chegado próximo de coisas pelas quais entendo como certas. A roda começou a girar e a sorte já foi lançada, algumas vezes, e este é um daqueles momentos em que, começamos a dar ouvidos a provérbios e ditados populares. Sim, é hora de colher o que foi semeado. 
É difícil olhar além dos limites da janela do meu quarto, do circulo dos meus amigos e da minha mesa do trabalho. É preciso estender o olhar para além do umbigo e perseguir coisas mais sublimes e apaixonantes.  Quem sabe rodar pelo mundo, rodar pela cidade, rodar pelo meu eixo.  Estou em busca da eterna busca pelo verdadeiro sentido de sentir e encontrar o que nunca é possível ser encontrado. Entendeu? Eu também não. Eu só queria confundir mesmo. Vamos embora dormir?
Agora vou ali sonhar com a beleza das desilusões.

Entre uma insônia e a insistência

Tenho passado minhas madrugadas em claro, não é nem insônia é apenas inquietação mesmo. A coisa é tão séria que ando querendo escrever um livro as 3 horas da madrugada de tão agitado e filosófico ficam os meus pensamentos. Mas nesta ultima, não foi apenas a vontade de produzir que me deixou acordada eu assisti um filme sobre o Truman Capote, no qual  retrata todo o processo de produção do seu "A Sangue Frio", nem preciso explicar aos amigos jornalista o que o livro representou para o Jornalismo Literário.
Vendo o filme lembrei de algo que era martelado como um mantra na minha adolescência: Insistir, persistir e nunca desistir. Quantos sonhos tenho desistido ao longo do tempo? Quantas vezes me deixei vencer pelo desânimo? Porque a insistência e a persistência preferem se esconder ao avistarem o primeiro obstáculo?
Até os grandes autores encontraram pedras no caminho e muita motivação para pararem e eles simplesmente vencem a barreira e continuam em seu processo criativo.
Preciso retomar as aulas do mantra... Insistir, persistir e nunca desistir.

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 A insistência vale também para a retirada de uma CNH que nunca sai. Quem aposta que este ano ainda coloco a mão na minha carteira? Então, até 2011 espero estar dirigindo pelas ruas da cidade, rs

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Já a persistência a deixo como remédio para continuar neste negócio de jornalismo. Afinal, escolhi a profissão como vocação. Em algum momento ela irá me fazer feliz!

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Quanto ao não desistir, só sei que é bom viver um dia de cada vez e tenho dito! Agora assino que aos amores que não acontecem é melhor apenas esquecer.