domingo, 18 de dezembro de 2011

Cozinha com arte e sofisticação

Meu sonho de consumo dos últimos 6 meses era um livrinho de receitas da Maison Laudurée, para quem visita o blogger e nunca ouviu falar da doçaria, ela é uma das mais conceituadas lojas do segmento no mundo. Lá, os doces parecem ter saído de telas de arte, são pequenos pedaços de sonhos talhados em requinte, sofisticação e muita atenção aos detalhes. Enquanto não vou a Paris conferir o sabor dessas maravilhas, vou tentar reproduzir essas delícias na minha cozinha.
Tentei encontrar o livro no meu aniversário, em novembro mas não havia uma edição, em Goiânia. Ontem, fui surpreendida pelo meu amigo secreto, o Wanderley, que trouxe o mimo de presente que me deixou ultra feliz. Ele não tem noção do quanto me surpreendeu, mesmo tendo colocado o nome do livro na minha lista de presentes, jamais achei que teria uma edição dele aqui em Goiânia.
Imagem do livro na edição Brasileira pela editora  Senac


Amigos, esperem surpresas na minha cozinha em 2012, porque o livro é cheio de gostosuras, falta saber se terei talento para reproduzi-las, ou se encontrarei todos os ingredientes das receitas nos mercados da cidade. Quem quiser ficar com vontade de provar os doces desta Maison basta dar uma olhadinha: http://www.laduree.fr/

História:

A história da Maison Laudurée começa em 1862, quando Louis Ernest Ladurée abriu uma padaria no coração parisiense. A pequena padaria se transformou em doçaria, em 1872 depois de um incêndio. A empresa passou por uma ampla reforma e a decoração ganhou classe e estilo próprio assinada pelo famoso pintor e desenhista Jules Cheret.
No início dos anos 1900, Jeanne Souchard, a mulher de Ernest Ladurée, teve a idéia de combinar dois gêneros: o café parisiense e a doceria.Em 1993 a Laudurée foi assumida por Francis Holder e David Holder, fundador do grupo Holder. A casa se tornou uma das principais doçarias do mundo em 1997 com a abertura do restaurante- casa de chá Laudurée Champs Élysées, decorada por Jacques Garcia, um dos marcos da gastronomia parisiense.
O Chef confeiteiro da Maison é Philippe Andrieu. Ele cria maravilhas para a doceria duas vezes ao ano. O
Quanto ao meu novo livro, ele traz uma coleção das melhores receitas da casa, entre elas estão os famosos macarons.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Cozinha Emocional

Fazia um tempinho que não blogava. Meu aniversário e sua enxurrada de emoções foi a última vez que estive aqui. Os sonhos começam a mudar de rumo e parecem mais reais que ontem.
Hoje vou falar de uma das minhas paixões: A cozinha. 
Imagem de um prato preparado por Emiliana para a Veja Goiânia
Fui almoçar semana passada no Emi Cozinha Emocional, da Chefe Emiliana Azambuja. Já conhecia a fama da chefe e além do mais já tinha lido muito sobre o trabalho extraordinário dela na cozinha goiana tansformando os ingredientes tradicionais do Estado em obras primas.
Daquele almoço fiquei com a emoção do aroma da canela. Um disquinho de carne de carneiro delicadamente temperado e fortemente marcado pela assinatura da chefe. A canela me fez sentir que ali naqueles pratos tinham mais do que uma simples cozinha havia autoria e a lembrança de uma combinação mágica que preparou meu paladar para uma série de boas surpresas.  E devo avisar que aquela foi a minha primeira boa experiência com o carneiro. Uma carne forte, com aroma desagrável para o meu paladar, mas que pela primeira vez me conquistou. Claro, que não é meu prato favorito, mas dei finalmente uma chance verdadeira para o carneiro.
Quanto aos outros pratos foi fácil apreciar. Bachalhau, Salmão, salada, palmito... Ingredientes que já são um sucesso sem muita invenção e que com a combinação perfeita de temperos se tornam lembranças que ganham nossa emoção.

sábado, 5 de novembro de 2011

Paciência

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...
A vida não para...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ajudem uma amiga

Este post é destinado a pedir uma ajudinha para uma amiga que está de partida para a Alemanha. Não sei se todos que frequentam meu blogger conhecem a Daniella Barbosa, mas ela é uma dessas pessoas raras que acreditam e correm atrás dos sonhos. No final do mês Dani embarca para a Alemanha e como tudo aconteceu de forma inesperada faltou tempo para guardar aquela grana necessária para os primeiros dias de Europa. 
E como se trata de um momento especial decidimos sortear uma caixa de doces minha e um par de ingressos. A rifa custa R$ 10 e quem quiser e puder colaborar pode falar comigo ou com a Dani. E visitem o blogger dela: http://daniellapb.blogspot.com/.
Amiga você sabe que sentirei muitas saudades, afinal sempre podemos contar uma com a outra. Espero logo poder conhecer seu cantinho na Europa e podermos juntas viver novas aventuras naquele lugar de sonhos. 
Boa sorte! E conto com a ajuda dos meus tantos amigos queridos que frequentam este blogger.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Quarta-feira é dia de tortinhas

Doces feitos especialmente para o aniversário da Ana Laura
Para quem ainda não sabe ou não lembra toda quarta-feira é dia dos meus mini cakes.Uma boa notícia para quem fica a semana toda esperando pelos meus doces. Hoje estão especiais!
No domingo foi aniversário da Ana Laura, sobrinha da Erika, e os doces foram um sucesso. Foi um dia lindo e muito feliz para a família Lettry e estou contente por ter de alguma forma contribuído para a alegria da minha amiga.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Piscina

Eu só consigo pedir por um belo banho gelado de piscina... Nada de água com aquecedores! Saudade enorme da minha natação, mês que vem eu volto!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Libertação


 As ruas de paralelepípedo com seus becos coloridos me aprisionaram de felicidade é como se minhas orações estivessem sendo ouvidas naquele momento precioso. Sabe, foram dias em que respirar fundo era como preencher os meus pulmões de vida. Aquele lugar tinha ritmo, céu azul e muita esperança.
Essas sensações me fazem ter certeza que toda a dor, proveniente do meu mundo interior vale a pena, porque o sabor da alegria é fantástico. Sou uma viciada crônica em alegria, em felicidade, esperança, amor, paixão e todos aqueles sentimentos que me impulsionam a sonhar. Ontem, falava com uma amiga que “ela”, não era mais a mesma garota de 7 anos atrás. Eu não sou mais a mesma dos meus 15, dos meus 20, dos meus 25 e agora perto de mais cinco anos, são mais cinco anos de mudanças.
Sou um resultado das minhas ilusões, das minhas conquistas, dos meus sonhos, das minhas alegrias e das minhas dores. E quer saber, gosto muito desta mulher de quase 30 anos. Não que seja preciso afirmar isto, mas que seja preciso não esquecer o caminho que me fez chegar aqui. Sou fiel, aos meus princípios, aos meus ideais, a minha família e aos meus amigos (aos quais posso contar nos dedos). Sou muito dura comigo, presunçosa, metida, arrogante, preguiçosa, irritada, egoísta e perfeccionista estes são meus piores defeitos porque eles me doem a alma e me faz machucar as pessoas indiretamente. Odeio errar, mas erro constantemente.
Tenho essa parada de ser desconfiada e ter medo dos olhares, dos sorrisos e das intenções de quem se aproxima. As vezes sinto de mais, as vezes intensa mais, mas na maioria das vezes tenho um coração maior do que eu e sempre pronto para ajudar. Perdoo fácil e quase nunca sinto ódio de alguém, não que isto seja uma grande qualidade, mas tenho esse problema de memória e qualquer sorriso me desmonta.
Mas hoje só quero dizer adeus para alguns fantasmas que andaram me visitando e que demoraram quase três meses para irem embora. Sim, as vezes posso ser como aquela menina de 15 anos e deixar que o mundo doa mais do que ele realmente merece doer.    

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Doce Paradoxo

Por Renato Cirino
As pessoas, em sua essência, são verdadeiros paradoxos bípedes. Carregam pelo mundo suas contradições e anseios volúveis. Não que esta abordagem sobre paradoxo seja pejorativa, pelo contrário, o paradoxo aqui abordado se baseia na vontade e nos desejos de mudar, assim que necessário ou quando disparar vontade. Observa-se tal comportamento, o de mudar, nas experiências e vivências do cotidiano, exatamente àquelas em que não se consegue, em sua grande maioria, realizar uma análise autocrítica. Aliás, não é feita ao menos a auto-análise, até porque tais situações não demandam obrigatoriamente atenção suficiente para um comportamento tão criterioso. Por isso essas mudanças acontecem quase que automaticamente. Neste caso, os paradoxos funcionam como um gatilho que engendra processos que dão origem a necessidades ou pelo menos desejos, muitas vezes intuitivos, de fazer outras escolhas.

Fugindo um pouco da rigidez impessoal do parágrafo acima, mas mantendo a linha de pensamento, gostaria de citar um caso bem particular sobre paradoxo. Faço aniversário dia 9 de julho desde o ano de 1983, ainda bem. Sendo assim, durante esses 28 anos, manifestei alguns interesses, como por videogames, lamber bateria de nove volts e batata palha. Peculiares ou comuns, estes interesses se relacionavam justamente pelo fato de serem meus. Com a popularização das redes sociais digitais estes interesses se tornaram públicos, pois passaram a ser compartilhados além das rodas de conversa, caindo assim na vastidão do mundo virtual, um espaço cheio de pleonasmos informacionais (reparem nos títulos das comunidades do Orkut), onde as informações pecam pela característica efêmera que adquirem.

Nada muito sério, mas confesso que doces nunca me chamaram atenção ou até mesmo fizeram parte da lista de comidas que eu mais gosto. Para ser mais sincero, conto que doce já foi motivo de conflito entre eu e minha família, tudo porque eu não queria comer um encorpado e nada dietético sorvete de creme. Diz-se que a indiferença é pior que o ódio, se é que é possível mensurar tais substantivos, mas sem juízo de valor, não me interesso muito por doce, até como, mas não me interesso. Foi então que em meu aniversário neste ano me deparei com um de meus paradoxos. Entre os presentes que carinhosamente ganhei, me deparo com uma delicada caixa de mini tortinhas ou mini cakes, como são chamados. O laço matematicamente ajustado unia a tampa transparente à base da caixa. Uma tentação estética aos olhos que imediatamente chamavam para si a responsabilidade de degustá-los visualmente, sem freios ou pré-conceitos, numa cadeia de atos sensoriais. O nariz se encantou, a boca estremeceu e o estômago desejou, exigiu. Obedeci-o.

Mesmo com as limitações da unidimensionalidade da escrita, os adjetivos cumprem bem o papel na tentativa de explicar o que me aconteceu. O conflito com um passado dietético se rompeu a partir do momento que senti a textura do cheesecake, um doce com recheio à base de bolachas, queijo creme e ovos e com uma cobertura de fruta. Tamanho era o encantamento, que me fez regressar à sensação dos anos iniciais de vida, quando me surpreendia ao experimentar pela primeira vez o sabor das coisas. E era, de fato, a primeira vez que experimentava aquelas coloridas mini tortas. Três salves se fizeram obrigatórios. O primeiro salve para a perfeita alquimia entre componentes tão distintos. O segundo salve para Ana Carolina que preparou guloseimas tão gostosas. E o terceiro salve novamente para Ana, pela bondade de me permitir provar um doce divinamente requintado.

Com um argumento adocicado, os conflitos gerados pelos nossos paradoxos chegam ao ponto de serem desejáveis. A saída da zona de conforto impulsionada pelo desejo de mudança é bem apaziguadora quando temos como incentivo uma mini torta tentadora. Com uma opção dessas até me arrisco a romper outros preconceitos, mesmo que seja comer doce de jiló com calda de pequi. Ainda bem que alguém teve a sabedoria de confeccionar incentivos tão encorajadores como essas pequenas tortas que insistem em lambuzar de gula os paladares alheios de bípedes, que ansiosamente aguardavam por um incentivo para viver e assumir seus paradoxos.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

E o delicioso Tempo curou o que parecia não ter solução...

domingo, 17 de julho de 2011

Onde ir

Intensidade não me falta, aliás até sobra. Por isto que o agora é a coisa mais preciosa do universo, mesmo sabendo que a dor é inevitável, seja ela imaginária ou real. E este coração contém todos os antídotos do mundo, independente da força, das horas ou da distância. 
Quando era começo precisava acreditar, quando já era o fim também me faltou acreditar. Afinal todos aqueles dias existiram ou foram apenas fantasias? E assim eu fui criando, criando fantasias sóbrias de histórias cada vez menos reais. São mundos simpáticos para onde eu fugi,  para onde eu apenas consegui desejar fugir. Podia passar horas no sol, naquele pedaço de mar ou tomando banho de chuva. Um banho de chuva a dois, um banho de chuva a beira mar. E entre um delírio e outro meu mundo se cobriu de felicidade. 
Enquanto estava só o céu se encheu de borboletas amarelas, deitei naquelas águas e me deixei levar. Lindas elas, as borboletas, bailavam, dançavam e me convidavam a seguir. Certo? Errado? Nada importava porque afinal aqueles dias eram apenas dias de fantasias sóbrias. Eu devia ter perdido os voos, as estações e ficado.Transformado aquele cenário no meu mundo e deixado de ser apenas uma figurante daquelas histórias imaginárias, devia ter roubado todos aqueles personagens para mim.
E naquele carnaval de pessoas perdi o fôlego e me empanturrei de sonhos...    
E assim o mundo mudou, já não era mais o mesmo... 
Tum ta ta ta... tum tarara! 
E um buraco negro apelidado, gentilmente, de expectativas, nasceu pequeno. Ele era ardiloso e se alimentava sozinho. Primeiro romanceava palavras, em seguida se embriagava com encontros, depois ... Ah, nunca teve depois, em nenhuma das histórias....
Sou especialista em alimentar fantasmas. E o coração parece com um casarão assombrado, cheio de não-histórias e povoado de muita imaginação. Onde nenhum dos personagens tem culpa.
E o lugar é tão lindo e ao mesmo tempo tão escuro, que eu me perdi, esqueci para onde ir.  Quem sou eu? Eu que sempre soube esta resposta, agora não sei... 
Quero apenas dançar na praia com as minhas borboletas...
Porque as escolhas são maiores que uma paixão mágica ou um amor de carnaval. 
"Não me deixe só ... Que eu tenho medo do escuro, tenho medo do inseguro e dos fantasmas da minha voz." ( Vanessa da Mata)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Reticências infinitas

São tantas as interrogações, as exclamações, os pontos finais, o ponto e vírgula, a vírgula e as reticências... Ahhh! As vezes vejo aquelas nuvens como no gibi, em uma caixa de texto com frases prontas e imagens do passado.  Suspiro e mudo as regras, porque nem sempre é fácil, aliás, quase sempre é difícil, porque não sou dona de todos os personagens, sou apenas protagonista deste meu espaço e é impossível usar borrachas ou corretivos nas frases já construídas. Eu posso no máximo me arrepender  e chorar e sorrir das minhas escolhas, mas no fundo são elas que fizeram este conjunto tão belo de agora. 
Sabe, tenho aquelas histórias das quais os personagens gostam das reticências e sempre as guardo para acordar e lembrar que é preciso, correr, nadar, respirar, cozinhar, escrever e viver. As guardo porque não sou chegada em pontos finais, aliás, acho que eles nem existem e enfim melhor colocar um até logo, ou até breve no final de todas as frases. O meu estoque das reticências precisa mesmo é ser infinito. 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Paixão

Eu me apaixonei por um sonho. De tal forma que criei planos e montei expectativas sem me dar conta que estava fazendo isto. Fui pega de surpresa chorando dentro de um metro e torcendo para que aquela sensação de encantamento fosse embora, torcendo para que a minha premonição estivesse errada e o sonho mais uma vez se materializasse na minha frente.
A lembrança viva dele era uma forma de acreditar em milagres, encantos e principalmente em mágica. Era como se a lembrança de um rosto e de uma voz fosse mais importante que o conjunto de histórias de uma vida. Mas, em São Paulo, acordei sabendo que nada daquilo era real, eu não era real, ele era parte de um encantamento surreal e a única coisa realmente grande existente naquela cidade e entre nós eram as distâncias.
Aqui, onde tudo começou, sinto saudade de um papo leve enquanto esperávamos para embarcamos para os nossos destinos.
É, eu me apaixonei e estou aqui tentando desapaixonar...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Catalisador de sabores

"A comida é um catalisador e não o produto final". Li a frase no livro Aprendiz de Cozinheiro e me dei conta que sempre que entrei na cozinha tinha uma intensão maior do que apenas a comida, que é simbolicamente o produto final. Quando entro na cozinha é como se a fusão entre os ingredientes contivessem uma parte da minha essência.É simples, quando finalizo cada receita não quero apenas a beleza dele, quero o melhor sabor e sentir uma entrega real em cada novo prato criado. Foi assim ontem com uma galinhada com pequi. Ela não tinha nada além do usual, mas tinha tudo de entrega.
No prato existia a lembrança das férias, os dias na praia, o sabor da receita de uma tia querida e acima de tudo muita dedicação. Os ingredientes precisam ser os melhores, mas a entrega tem que ser real. E assim, por volta das 10 horas, minha cozinha se enche de perfume... Perfume de doce, perfume de arroz, de feijão.
E o produto final é a alegria da família reunida a mesa.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Finais

Tem algumas coisas das quais realmente não gosto, das despedidas, dos finais e da decepção que vem antes disto tudo.  Mas os finais só existem porque um dia tiveram o começo e era tudo tão fácil, simples... Era só deixar o tempo levar até o momento em que você descobre em que havia mais imaginação do que realidade, mais encantamento do que envolvimento, mais espera do que presença...
Entre tantas interrogações uma ou outra lágrima teima em ficar, um coração se sufoca e a ansiedade se generaliza. Entre tantas interrogações os amigos se fazem presente, um abraço fica na lembrança, mas o sorriso este deseja sair mas fica na espera por momentos melhores e na lembrança daqueles pequenos presentes dos momentos mágicos. Pessoas mágicas merecem uma caixinha, onde as coloque e só toque nelas quando estiver muito necessitada desta droga exótica, que vícia, ilude e deixa marcas.
Falava de finais e espero que os meus sejam reais e que os fantasmas me abandonem na próxima esquina.

terça-feira, 28 de junho de 2011

São Paulo

No Mercadão escolhendo uma guloseima
Concreto, garoa, frio. São Paulo é cinza, rica e triste. Cidade da pressa, onde as pessoas estão sempre correndo. Talvez estivesse mais triste que ela. Mas estava bem o suficiente para trazer nas mãos uma sacola, onde ia preenchendo com as minhas expectativas e esperanças. De lá carrego a fé e daqui projeto os meus sonhos.
O melhor do fim de semana foi a companhia da Yeda e da Paula. Elas tiveram a paciência de visitarem comigo padarias e docerias. Além de um passeio pelo Mercadão de São Paulo e pela 25 de março. 
Yeda e Paulinha na Maria Brigadeiro
 Sim, fui a Maria Brigadeiro e a Brigaderia. E devo dizer que a Maria é muito mais do que esperava e bem mais simples do que projetava. Entre as minhas impressões o atendimento e o glamour das lojas são o ponto alto. Agora, sei que terei muito trabalho para criar algo novo e que seja do tamanho dos meus sonhos. Mas sei também que é mais possível do que parecia.
No caminho encontrei umas padarias bonitinhas, com comidas premiadas. O ponto alto foi a visita a Bakery - Itiriki, que fica na Liberdade.Imaginem uma padaria com prêmios gourmet espalhados por todas as paredes. Além é claro do registro da passagem da Ana Maria Braga ao lugar. Foi um sonho entrar lá e a ideia foi da Yeda (obrigada amiga).
 Quanto as malas. Fico com elas prontas, pois desta vez quero entrar no trem, no metro, ou seja lá onde for quando ele chegar na minha estação. Não vou deixar o tempo correr, sei onde quero chegar e principalmente quem sou. 
Aguardem novidades! 

quinta-feira, 23 de junho de 2011

E tudo esta limpo

Meu quarto está limpo, apesar de ainda terem roupas a serem passadas. Sinto que consegui colocar algumas coisas no lugar, assim como aqui dentro. Meu mundo está uma bagunça, tento recolocar tijolos, reconstruir ideias e buscar lembranças. Mesmo lendo páginas antigas diários parece que uma parte evaporou e tudo mudou mais uma vez. O antigo sonho não é mais suficiente, eu não sou mais suficiente e o vazio do qual tinha tanto medo parece estar cada dia mais próximo. 
Perto dos 30 não tem barulho de criança, uma casa grande, uma marido grudado na televisão vendo futebol ( vi a final da Libertadores, sem ser ao lado do maridão), domingos de sol no clube e nem férias na praia ao lado daquela família. No meu diário tinha uma família, dois filhos, um marido e uma casa de três quartos.
Tinha um quintal, um cachorro, uma tartaruga, dois coelhos e um papagaio.  Aos 29 anos, existe um quarto limpo e alguns novos sonhos, nem sei se neles incluem o maridão e os dois filhos, mas eles seriam muito bem vindos caso queiram pertencer a esse novo mundo que tento construir.

domingo, 29 de maio de 2011

Minicakes

Gosto de inspirações principalmente quando elas são capazes de embalar sonhos. E os meus minicakes nasceram de uma tarde de experimentações. Eles são fruto da minha paixão louca pela culinária, a gastronomia e o jornalismo. Sim, o jornalismo, afinal é ele, sempre ele, que me permite sair do marasmo, mesmo quando ele me deixa triste, chateada ou desiludida.Mas foram algumas matérias, outros livros e uma boa dose de esperança que me fizeram ligar a batedeira em uma tarde de abril. Porque o mês abril tem as noites mais lindas do ano, pelo menos, aqui em Goiânia, elas são quentes e estreladas. 
Em noites lindas, em dias claros é fácil pegar uma dose de leite condensado, algumas latas de creme de leite, outra de creme cheese e uma porção de limão.E esta mistura pode virar alguma coisa, ou não. Sim, eu errei a receita, e o bolo não cresceu e a torta não virou, aparentemente, nada. A criatividade da minha mãe, salvou a receita e permitiu que este "casadinho", este mini cheesecake duo, que vocês conhecem, nascesse. O meu mini cheesecake nasceu de um erro, um erro de dosagem, um erro de tempo de forno, um erro. Hoje, aquele meu erro, me parece mais como um acerto, um ajuste, onde os ingredientes deixaram o tradicional doce americano, mas suave e com um sabor inigualável. A mini tortinha não parece com nada que "eu" já tenha provado, talvez lembre de longe um pavê, ou mesmo o cheesecake. O meu minicake tem mesmo é gosto de sonho, sabor de esperança e um toque leve de amor.
Criei um blogger para os meus minicakes: www.minicakesgyn.blogspot.com. Visitem!

sábado, 21 de maio de 2011

Uma escolha por dia

Para ser exata, não sei exatamente quando foi que troquei um sonho por outro. Apenas sabia que não havia mais espaço e planos naquela direção que aos 20 anos parecia tão certa. Era como se eu tivesse ido até a estação e na hora do embarque tivesse recusado entrar no trem. Eu perdi o trem, mas aprendi que existem outros destinos tão interessantes quanto o "escolhido". Agora o foco é sair daquela estação e arrumar outro meio de transporte. Estive pensando em Asa Delta ( muito arriscado), ônibus ( muito lento), avião ( posso experimentar), navio ( tenho medo de enjôos), ou quem sabe o bom e velho carro de passeio. Um passo de cada vez, uma escolha por dia. Estou serenando meu coração que é quase balzaquiano. Encontrando uma nova forma de ver  para que quando o trem chegue aos 40, não tenha a sensação que ele continua estacionado nos 20.  
Uma vida mais doce, pode ser melhor que uma cheia de lágrimas de outras pessoas. Vou reescrever o presente e modificar o futuro, agora nada mais é certo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Insistir, persistir e nunca desistir. Esta  é a receita para o sucesso. E durante muito tempo acreditei nisto, até que um dia acordei e descobri que era teimosia. Se não tivesse acreditado provavelmente não seria jornalista, mas teria uma carreira na área da advocacia e seria outra pessoa que não esta.
Quero falar de teimosia, pois foi ela que me levou a passar 8 anos amando a mesma pessoa até que um dia acordei e ele não estava mais lá. Tinha fugido no exato momento em que meu avô morreu.
Foi também a teimosia que me levou a acreditar que o homem da minha vida se mudaria para Goiânia, quando ele mudou o máximo que consegui foi ve-lo dando em cima de todas as minhas amigas. Era um galinha compulsivo e eu não tinha nem noção disto. Porque estava tão focada em insistir, persistir e nunca desistir que não reparei na personalidade dele.
E as vezes sou tão teimosa que insisto em histórias com verdadeiros asnos. Chega né?
Neste período aprendi também que a persistência tem validade e estou dispostas a mudar tudo e sair da minha zona de conforto. Correr atrás das coisas que são importantes e as quais preciso fazer com que se tornem reais na minha vida. Vou ter que investir muita energia, tempo e dinheiro para que essas mudanças se concretizem.

domingo, 8 de maio de 2011

Mãe

Feliz Dia das Mães!

terça-feira, 3 de maio de 2011

TortinhasII

Começa assim: Você vai criando, criando e criando... quando vê já virou um vício e a vontade é de fazer coisas novas e sabores novos. Na foto em destaque uma mini cheesecake de laranja. 

Entre tantas novidades achei uma caixa bonita e coloquei as cheesecake dentro. Virou até um presente legal! Amigos, estou aceitando encomendas. Tenho cheesecake de morango, banana, goiaba e laranja.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mini tortinha

 Minha autoria: Mini Cheesecake ( com algumas modificações da receita original). O sabor desta pequenina é goiaba. Alguém aceita? Ficou com vontade? Aceito encomendas.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os sabores no meu caminho

Já sei uma coisa que me faria muito feliz. Sair pelo mundo conhecendo lugares e seus sabores. Para concluir cada descoberta uma matéria sobre este novo olhar. Toda vez que vou em um bom restaurante, onde a qualidade é vísivel e o sabor é daqueles inesquecíveis como a Pizza à Moda da Casa São Paulo ou o escondidinho de carne seca do Bahrem e vale lembrar da batata frita à moda daquele lugar que também tem um sabor inigalável.
Entre os lugares que andei tem os sabores da cidade de São Paulo. Na minha última ida a capital paulista tive a oportunidade de visitar dois bons restaurantes. Um deles era especializado em comida contemporânea e o outro um italiano. Perfeitos os lugares, assim como a comida. Diria que são ambientes ideais para um início de romance, tanto que o contemporâneo realiza bifes de casamento em seus salões. Este espaço para eventos é um lugar diferente daquela São Paulo inundada por concreto, o complexo de restaurantes fica em uma área verde que se parece com uma praça.  
Lembrei também hoje da cidade de Natal, quando provei um bobó de camarão, no Restaurante Erva Doce, que até hoje não havia comido nada tão bem equilibrado. O tempero e os ingredientes básicos do bobó estavam em quantidades perfeitas deixando na memória uma saudade boa de uma viagem de reencontros. É como se a beleza portiguar pudesse ser definida por um sabor.
Mas foi em Salvador que aprendi a gostar de moqueca e sugiro que todo mundo prove e leve da Bahia, a lembrança de um sabor forte e vibrante. O Senhor Moqueca um especialista no prato tem todos os tipos imagináveis de moquecas: peixe, camarão, lula, lagosta e tantos outros sabores do mar.
A gula só pode mesmo ser um pecado, porque alguns pratos parecem ser criação de deuses, verdadeiras obras de arte capazes de tornar um dia mais feliz e até mesmo inesquecível.
Sabores podem mesmo marcar uma vida, afinal, alguns nunca conseguimos reproduzir. Como aquele leite com chocolate nas tardes de domingo na casa da vó ou a pamonha na fazenda.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Outros mundos

Sinto esta emergência de felicidade. Como se estivesse programada para viver intensamente cada segundo que me deram. E cada minuto não vivido parece reticências de um infinito e agora?
Conflitos todos temos, ontem, um moço me contava sobre sua indecisão de ficar com a atual namorada ou se entregar a uma nova paixão. A atual briga o tempo inteiro e a nova armou uma atmosfera de perfeição que o enfeitiçou. Paixão? Amor? Atração? Seja qual for a definição deste novo sentimento, sei que a única certeza do jovem é que ele não quer estar sozinho. Prefere a briga a dor da solidão, prefere a traição a incerteza de um adeus.
E foi vagando por um deserto que um outro amigo, encontrou oceanos e rios para se afogar em olhares e desejos de mulheres que estão mais no mundo que com ele. Carreira, solidão, segurança, insegurança, sentimento de posse. Este moço vaga entre duas ou três cidades, lugares aconchegantes, com cafés inesquecíveis e amores que continuam no estado do impossível.
E quando o sentimento vira uma linda lagoa azul? Um silêncio absoluto, onde as imagens de um pequeno ex-príncipe se fundem na alegria de um abraço aconchegante que se perde com a força das palavras frias. É duro acordar no paraíso e ter ao lado a completude do nada. Nos próximos dias taças e garrafas de vinho se tornam amigos necessários, pois sóbria é impossível que ela suporte.
Teve aquela amiga que acreditou na força e sinceridade de um único abraço. Como se ele pudesse levá-la ao paraíso, suprir demandas de sonhos e preencher o seu vazio existencial. Foram horas, dias e até semanas de um silêncio sufocante, como se o tempo tivesse se tornado amargura de uma dor, agora, completamente possível. Um pouco dramático, um tanto desiludida e outra pitada de realismo. E foi o tempo que cuidou de cicatrizar aquela expectativa infantil.
Outro que teve a cabeça nas nuvens foi o amigo que disse um oi num aeroporto, trocou o telefone e por fim empacotou a expectativa em uma daquelas malas de mão. Afinal, estar ou não ferido faz toda a diferença e o desejo da entrega naquele momento era real de ambas as partes. Como se pudessem se tocar meses depois e refazerem o encontro, em uma sala de embarque ou no saguão de um hotel. E as cenas de desejo ficaram congeladas até que um dia um novo encontro permita que o filme prossiga.
Entre dores e ilusões tem a história de uma mulher que desistiu dos homens. Ela confidenciou que sonha com um filho. Ela e seu bebê independente de ter ou não um pai presente, como se a felicidade tivesse contida em ser o mundo de alguém. A noite ela acordou com o choro da criança e o berço ainda continuava vazio.
* Fragmentos de histórias minhas e de amigos.

terça-feira, 19 de abril de 2011

libertador

Quer algo mais libertador que a decepção? Experimente se iludir e depois se iludir de novo e mais pouquinho e depois mergulhe de cabeça em uma piscina de ilusão. Nessas horas você agradecerá por estar decepcionada, afinal a dor da expectativa terá ido embora, a dor de não saber terá ido embora e você estará livre.
Algumas mensagens contém o antídoto para a cegueira... Peguei o meu e tomei em uma só dose, cansei de homeopatia.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

sábado, 16 de abril de 2011

Então sou um Y

Cheguei ao jornal a tempo de saber que estava na sintonia errada, apesar de profundamente apaixonada pelo que faço, havia ou há algo que não se encaixa. Será que fazer parte da geração "Y" significa estar constantemente insegura e insatisfeita? Será que não existe nada que se pareça comigo? Não me vejo fazendo outra coisa, mas também não me vejo respirando pequenas e corriqueiras reportagens pelo resto da vida. A violência realmente me assombra. 
Em alguns momentos sou sensível de mais para tanta barbaridade, talvez por isto mergulhe tanto no meu mundo interno, onde histórias fantásticas são mais aconchegantes que balas de execução. Nas férias invento pequenos amores, na esperança que eles me tirem da rotina, que preencham vazios de carinho, de alguém tão acostuma a ler e escrever sobre a ausência do afeto. Afinal, lido com a morte,  roubo, estupro, pedófilo e tantas coisas ligadas a violência.
O mundo que retrato nas páginas do jornal é cruel, doente e cheio de pequenos capítulos de ruptura, onde amor, compaixão e caridade são palavras pouco empregadas. Em algum momento achei tudo até divertido e importante. Desejei ser delegada de polícia e assim de alguma forma ajudar as pessoas. 
Com o tempo percebo que minhas conexões e o sentido que quero para minha vida é outro. Gosto da beleza, das flores, do mar, de uma tarde em um parque, de um bom restaurante, de um beijo apaixonado, do meu cachorro, do céu azul. No fim percebo que ser um "Y", tem implicações psicológicas de mais.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Desafio culinário

Estou bolando uma lista de pratos para testar nos próximos dias. Entre os desafios estão: galinhada à moda goiana (com pequi), ambrósia, sorvetone de sonho de valsa, cheesecake, lasanha de frango, sanduíche natural de carne seca, doce de ameixa, Macarrão aos quatro queijos, Nhoque de mandioquinha e Berinjela recheada. Ainda preciso pensar em outros 10 pratos. 

Algum amigo esta disposto a provar meus pratos? Tenho menos de 10 dias para fazer todos. 

***
Não posso deixar passar, hoje melhorei muito meu tempo na piscina. Nadei 2 mil metros em 1h10... Só parei de nadar por causa do horário, caso contrário ficaria lá por mais uma hora tranqüilamente. 

*** 
Estou mais calma, menos estressada, confiando mais e esperando menos. É o tempo nos ensina mesmo que a paciência é a melhor de todas as virtudes humana.

***
Quanto ao desafio culinário prometo contar qual é o objetivo dele. Mas por hora vamos encher a vida de sabor e alegria. Afinal, nada melhor que reunir amigos entorno de uma mesa. Beber e falar bobagens é comigo mesma.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ponte aérea

Fui pega pelo meu olhar curioso. Não disfarcei, ouvi a conversa no telefone e ainda fiz aquela cara de interrogação. Meu lado repórter queria ouvir aquela história, saber quem aquela pessoa. Ele tinha passado o fim de semana em Goiânia, onde palestrou para um grupo de funcionários da Caixa Econômica Federal. Ah! A conversa que me chamou a atenção
- Oi, mamãe.
- Estou chegando em São Paulo.
- Vou jantar hoje com você e o papai. Sim, desta vez escolhi um hotel próximo a casa de vocês. 
- Não, vou cedo para Santos e de lá retorno para o aeroporto e a noite estarei de volta em Brasília.

Simpático, cabelos grisalhos, olhos claros, meio gordinho, baixo e muito falante. O Gilberto é consultor da Caixa Econômica, tem 45 anos e passa parte da vida dentro de quartos de hotéis. Os aviões ele costuma usar como sala de visitas. É... o consultor sentou ao meu lado e por quase duas horas, estive também ao lado da ex-mulher, do filho de 5 anos, da mãe e do pai. Além da pousadinha no meio do nada (que ainda não existe) e do restaurante, tudo em frente a uma praia deserta, com ares de paraíso.
Gilberto me contou o quanto é feliz viajando e ensinando as pessoas. Palestrar para ele é mais do que uma profissão é também um hobby, mas apesar de toda a paixão, ele tem planos de sair da ponte aérea e ter um lugar só dele, onde possa fincar raízes. Diz que não conseguiu conviver com a ex-mulher, uma mineira, com hábitos culturais, conforme o consultor, bem diferente dos dele. O filho é sua paixão, sempre que tem um tempinho é com o garoto e os pais que passa parte do tempo. Ele não acredita em coincidências e me diz que tudo na vida já estava programado. Como este nosso encontro de segunda-feira, dentro de um avião. Bem, programado ou não, serviu para pensar em um monte de coisas, entre elas sobre um dia 2 de março. Enquanto ele falava um filme passava em minha cabeça. Como quando perdi minha passagem aérea para Salvador por conta de uma distração minha. Será que foi mesmo distração? Providência? Ou apenas coincidência? Ah, não existe coincidência... Então foi o primeiro dia de segunda-feira. Entendeu?
Procuro agora não entender...

domingo, 3 de abril de 2011

Pensamentos.

As pessoas confundem expectativas com planos. As vezes uma está contida na outra, mas raramente elas podem andar juntas com tranquilidade. É nessas horas que começam as sessões de terapia, o autocontrole e o sufoco. Sim, sufoco? Já imaginou você ser inundada da noite para o dia com uma enxurrada de ansiedade. Loucura? Melhor, nem experimentar isto. Aliás, melhor sim, porque dá para se ter uma idéia maravilhosa do que é estar viva.  

***
Falando em vida. Todo mundo conhece a ciclovia de Goiânia, ou pelo menos, já ouviu falar. Então, ontem, vi alguns motoristas engraçadinhos furando o bloqueio  e quer saber. Eles simplesmente achavam que os ciclistas deveriam dar passagem para eles? Tá, ainda não é uma pista ideal para os ciclistas, mas precisa mesmo não respeitar o bloqueio no domingo pela manhã? O ciclista precisa parar e dar a passagem para o carro? Alguma coisa esta errada na nossa sociedade. Principalmente na semana em que a gasolina chegou a 3 reais. Afff!!!

***
Intensidade é uma palavra de ordem no meu vocabulário.  Então, melhor eu aprender a conviver com isto.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Sempre inteira

Quando doer, Ana, por favor fique atenta. Saiba que o mundo esta de pernas para o ar e estar enfeitiçada faz parte do jogo da vida. Quando virar paranóia, Ana, esqueça. Não vale a pena reviver histórias, ou estórias, porque no final tudo sempre parece mais inventado do que verdade. Mas, se é para se apaixonar que se atire do precipício e leve por precaução um bom para-quedas. 
Que os beijos sejam sempre intermináveis e que o pudor seja encaixotado. Nada de meias verdades, apenas  as verdades inteiras. Quando percorrer aquele mundo, leve suas flores, o seu mar, as suas borboletas e uma boa quantidade de massa. No final é a intensidade, as batidas, as lágrimas, a expectativa e os sorriso que contam. É a saudade incontida que completa, preenche e faz sinos baterem em locais improváveis. Quando estiver triste deseje todas as nossas borboletas, as tardes de sol, os banhos de chuva, o mergulho no mar e os dias de piscina. 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Até logo

Lembro pouco da tia Cida, minha mãe diz que ela fazia os melhores pães e biscoitos de queijo do mundo e gostava da casa cheia, com crianças correndo de um lado para o outro. Ontem, a mãe dos meus primos, mulher do meu tio Jales, apaixonado e devotado marido, partiu. Maria Aparecida era portadora da Doença de Huntington, uma doença genética, raríssima, degenerativa que atinge 3 em cada 100 mil habitantes. As minhas lembranças da tia Cida começam ai, quando ela descobre e desenvolve a doença. Uma doença que descobri que existia assistindo o seriado House e foi nele que tive uma noção exata da gravidade da sindrome genética que é incurável.   
Não quero falar da relação do meu tio e primos com os anos que conviveram com a esposa e mãe doente. Mas quero lembrar que a vida é tão breve e que as dores precisam ser diariamente enfrentadas. Hoje estou inteira, plena e com saúde para celebrar a alegria de ser humana e poder fazer as minhas escolhas. Eles estão vivos e tristes agora, saudosos pela eternidade, mas com uma capacidade enorme de continuarem a viver de uma forma plena, inteira e feliz. Minhas orações vão para a minha tia e os meus primos, que  estão doloridos e órfãos de uma mãe que precisou muito deles, mas que esteve muito com eles, durante anos que tenho certeza que foram intensos em convivência e trocas de afetos. Uma mãe que amou e foi muito feliz enquanto pode ser e estar com  a sua linda família.  

terça-feira, 22 de março de 2011

O tempo esta perigosamente lento e por hora não posso flutuar naquelas águas salgadas, no porto onde a felicidade parece fácil e em certa porção até segura.  É difícil controlar a saudade, principalmente, quando ela tem relâmpagos de paixão, amor, romance ... Uma vontade de querer estar junto e não separado.
Esse meu destino me leva sempre para os fins de tarde na praia, onde pretendo retornar e caminhar nos fins de tarde. Meu paraíso é em qualquer lugar que tenha o som das ondas, água de coco, música e cores, muitas cores, daquelas que permitam me pintar.  

quinta-feira, 17 de março de 2011

Deixo que a felicidade fique

Fim de tarde no Porto da Barra.
Passos lentos, um fim de tarde laranja, borboletas amarelas, ainda dançam em sintonia numa manhã de março e dentro de um baile de emoções eu tomo chuva, corro no vento e espero. Espero que felicidade não acabe, que entre correr atrás de um trio e sentir um toque de "verdade" exista intensidade nas palavras, nos encontros e principalmente nos sonhos.
Assim, meio que distraída e um tanto quanto enfeitiçada, quero capturar momentos, transformar tardes, jantares e sorrisos. Deixo que mariposas durmam em uma mesa qualquer, naquele chão cheio de almofadas, onde os sushis tem sabor de paixão. E no fim da noite são as flores de papel que ganham significados de ternura. Né? 
Quer voar? Então, esqueça os desencontros e deixe hoje, agora,  apenas a doce lembrança do toque, do sorriso e daquele até logo. Para que inventaram a saudade? Então ... "voa, voa e vem direto para os meus braços".
Ainda choro quando reencontro o mar, choro quando o deixo e permito que minhas lágrimas caiam de saudades de algo que não vivi. E entre um desejo e outro acordo. 

quarta-feira, 16 de março de 2011

Não consegui ainda as fotos do carnaval... Na imagem: Marquinhos, Marmo, Ricardo, Cacildo e Vanessa... Dias inesqueciveis

quarta-feira, 9 de março de 2011

Enfim de volta...

As vezes precisamos fechar os olhos e nos deixar guiar pela imaginação, deixar que os bons sentimentos e estes impulsos de felicidade sejam maiores que qualquer obstáculo. Sim, ser puramente inconseqüente como se aquele amanhã não houvesse. Tive menos de um segundo para decidir se embarcava ou não rumo ao meu sonho de passar o carnaval em Salvador. Para variar as coisas pareciam que dariam erradas. A esperta marcou a data errada para a viagem de férias e quase perdi todo o dinheiro investido nela. 
Um segundo de inconseqüência me fez comprar novas passagens. Consegui um bilhete para o mesmo dia em um vôo 8 horas mais tarde. Era ir ou não ir e eu queria muito essas férias. No aeroporto apesar da agonia a espera foi maravilhosa, porque simplesmente estava de férias e não adiantava desesperar. Ganhei até novos amigos. 

Quinta-feira saímos na pipoca,
 Sexta-feira saímos no Nana Banana
Sábado - pausa  do carnaval, um retiro na Praia do Forte, 
Domingo- Voltamos para a pipoca e descobri que o Baiano é um povo bem diferente.
Segunda-Feira - Fomos em um camarote simples
Na terça-feira fechamos a folia no camarote do Reino e tive momentos de rainha. 

De tudo o que mais gostei foi da terça-feira... É muito bom poder ficar em um lugar com uma super estrutura. Dentro do Camarote do Reino tinha customização de abadá, salão de beleza, massagem, local para dormir,  praça de alimentação, boate e showns de alguns cantores baianos. Detalhe: quem quisesse e tivesse dinheiro poderia sobrevoar de helicóptero o circuito Barra - Ondina, no chamado voo do Rei. Quanto ao empurra-empurra no bloco do Chiclete foi bom, até conheci o Chiclete de verdade, mas conforto é fundamental nesta vida. E não duvido se o Chiclete ou este carnaval conseguir mudar muitas coisas que tinha como certas.

Ainda quero falar sobre a primeira vez de um caipira no Carnaval de Salvador! 




terça-feira, 8 de março de 2011

Um sonho de carnaval

Estou em Salvador e sinceramente o carnaval não é absolutamente nada do que passei  minha vida imaginando que seria, mas é tudo tão real e pleno que só posso afirmar que passei o melhor carnaval da minha vida. Aqui vejo, ou melhor sinto, uma mistura de emoções, como alegria, cansaço, medo, pavor, euforia, entre tantos outros sentimentos tudo misturado. É o carnaval do Apartheid , onde rico, classe média, classe D e pobre tem seus lugares e todos bem separados, mas é também o tempo espaço de confraternização onde todas essas classes se misturaram. Tive dias de pipoca, dias de Chiclete e dias de classe D, claro que entre eles nada se comparam ao luxo. Um aviso se forem vim um dia no carnaval de Salvador, venha com muito dinheiro para evitar problemas.

Tenho tantas historias para contar, mas o tempo e curto. Vou deixar os posts para a volta e me cobrem sobre as historias do caipira em Salvador

Beijos
Para o carnaval ser melhor so faltou alguns amigos. Erika e Rodrigo ate voces iriam gostar.

terça-feira, 1 de março de 2011

Férias e carnaval

Estou de férias e o objetivo deste ano é curtir o carnaval!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O invisível

Foi como ver um raio de luz, sentir os relâmpagos e me perder nas trovoadas. A vida estava lá e como sempre avisava que ela era pulsante e dinâmica, capaz de me fazer mudar de ideia e tentar encontrar novos motivos para as velhas escolhas, que agora me pareciam mais irreais que antes. Sempre acreditei no livre arbítrio, mas nunca acreditei que o universo pudesse nos escolher para algo que parecesse sem sucesso, insólito e as vezes até meio dolorido.
Ontem, durante um almoço foi como entrar em uma nave do tempo e me deixar conduzir pelo passado, presente e  futuro, sem que para isto precisasse descer em qualquer estação, minhas escolhas não eram o foco da conversa que até certo ponto era sim edificante. Estava ali, no local dos encontros, dos sonhos e das esperança. No local onde fui criança, adolescente, jovem e agora adulta. 
Tenho me entregado a esperiências que sempre soube existir, mas que nunca me permiti viver. É como se o mundo invísivel se fizesse visível em questão de segundos e em um piscar de olhos você pudesse vislumbrar o futuro, olhar para ele e ver o que muito o agrada. Preciso de motivação e não tenho dúvidas, mas quero que as pessoas queridas estejam lá. Não quero mais perder.
Ainda tenho dentro daquele sonho de valsa, um abril cheio de luz, várias cenas fragmentadas de um encontro tão bem amarrado pelo destino que anos depois tive coragem de pegar um ônibus e percorrer  mais 500 quilômetros atrás de um sonho, mas naquela estação haviam outros eus e outros você. E sinto em dizer que aquele outro não era você, mas era fantasticamente tão imaturo quanto ou seria eu que não estava pronta? Também não precisava dele, na verdade apenas aquele sentimento que um dia senti, aquele que aprisionei enquanto permiti que o conforto e a ternura invadissem os meus dias, a minha vida e me fizesse incompleta.
Aquele "nosso" segredo, mesmo não tendo sido real, ainda permanece imaculado, guardado para me lembrar que é possível ser feliz.
Quando fecho os olhos, peço para que aquela sensação de completude volte. As vezes ela passa tão perto, que quase dá para tocar... É um brilho no olhar, um sorriso meigo e sincero, um toque, até que alguém estrala os dedos e coloca outros eus e ou outros você dentro daquele pequeno universo e nos desperta, ou me desperta, do sonho.

Real? ... Irreal? Visível ou invisível? Meu sexto sentido parece captar sua presença de volta.... Então, por favor, desta vez fique.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ao despertar

As novidades me chocam. Talvez seja eu que tenha nascido, assim, com uma dificuldade de interpretação do mundo. A felicidade sempre me pareceu algo fácil, porém, complicado porque vira e mexe, ela depende do outro, do mundo, dos acontecimentos e dos muitos sim e não.
Na maioria do tempo sou mais espectadora que atriz, fico aqui esperando pelo melhor momento para entrar ou sair de cena. E as vezes tenho a nítida sensação que o mundo me arrasta e que as horas me enganam. Sim, as respostas importam e não por vaidade e sim para ter certeza que não magoei e nem enganei. Para ter certeza que as coisas podem ficar em ordem, mesmo não estando dentro de outros sonhos e enquanto não me encontro fico vagando, sem rumo, à procura de um sonho no qual eu consiga me encaixar. 
Acordei hoje saindo de um desses sonhos, queria tanto que ele fosse real, desejei tanto que existisse, mas quando tentei toca-lo, enfim, o sonho não estava mais lá.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Testando receitas

Tortilla espanhola
Desde ontem decidi voltar a cozinha e testar novos pratos e sabores. Ontem, foi a vez das panquecas de carne moída com uma massa especial com a base de creme de leite. O resultou ficou bacana Hoje, testo as tortillas espanholas, ainda não sei qual será o resultado, mas lembro de provar este prato quando tinha 12 anos, em uma barraca de praia, em Ponta Negra. Bem, achei a receita na internet e o almoço de hoje será às tortillas. Depois falo dos resultados. Quem sabe este ano não resolva entrar na faculdade de gastronomia... É uma ideia.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Jorge e Mateus - Onde Haja SoL


Adoro Jorge e Matheus e esta música é especial!

Aquele vinho

"Muito pouca gente abre o seu melhor vinho sozinho. Ele é servido a um visitante muito especial e aí aproveitamos para tomar nosso quinhão!" Flavio Gikovate. Isto me fez lembrar de uma garrafa de vinho que guardo carinhosamente para um momento especial. Disse que o abriria para comemorar a minha CNH, passei e a garrafa continua fechada. Antes disso pensei em abri-la quando conseguisse um trabalho como repórter, o trabalho existe e a garrafa ainda esta cheia. 
Hoje não procuro mais motivos para tomar o bom vinho, agora deixo que o motivo apareça, mas seria muito interessante se um visitante muito especial surgisse e me ajudasse a tomar o vinho e quem sabe até ganhasse meu coração junto.
Enquanto o motivo não vem apenas deixo meu coração trancado e garrafa fechada.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Por medo

Quantas coisas boas perdemos por medo? Estou aqui aproveitando a minha embriaguez de sono, para dizer coisas que não  digo estando sã. Definitivamente você me surpreendeu. Mas, agora,  em casa percebo que sou medrosa o suficiente para deixar que as tais borboletas no estômago se manifestem. Sim, tenho cicatrizes e muitas doem até hoje, são pequenas feridas abertas pelo tempo.  
Você me fez mais uma vez pensar sobre o amor (chorei a ultima vez que fiz isto), sobre filhos, sobre família e sobre o tipo de relação que desejo construir. E agora percebo que naquelas linhas existem perfeições de mais para que tudo seja mesmo real. Porque  dizem que não existe a pessoa certa e sim a errada, aquela que vai fazer você ter insônia. Ou mesmo aquela que vai entrar na sua vida em menos de um hora e depois disto vai sair dela várias e várias vezes,  mas são estes seres mágicos que definitivamente sempre deixam algum tipo de marca.
Entendo de esperança e por isso tento, hoje, me focar no agora e esquecer das infinitas possibilidades dos encontros humanos...
Quem sabe amanhã não tomamos um novo café, ou uma água de coco no Rio Grande do Norte, em Morro de São Paulo, ou no Ceará. O mundo pode ser tão infinito e caridoso de sentimentos que aqui prefiro que fiquem os melhores, até que as tais borboletas cheguem.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Estou irritada, talvez seja pela proximidades das férias, pelo cansaço do dia a dia, pelo estresse e pela  inquietação. Estou desiludida, mas pela primeira vez, este sim parece ser um bom sintoma, pois, afinal acabo de acordar de alguma longa ilusão. Estou louca pelas minhas férias e feliz por ainda haver perspectivas, por ainda ter criatividade o suficiente para modificar coisas erradas que um dia foram certas. Por hora peço em oração que os sonhos sejam reais.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ensaio

É a primeira vez que fico sozinha com uma criança desde que deixei de ser uma. Sim, ninguém nunca confiou em mim como babá, ou madrinha, ou qualquer coisa do gênero. Mas hoje minha amiga, Aline, precisou de um help e estou aqui com a PP (Penelópe). Acho que ela sabe que não tenho experiência com criança, porque esta um anjo, ou eu devo provocar este impacto de brava e ela acabou se comportando. 
Estou escrevendo aqui no meu blogger, porque a pequena dorme como um anjo aqui do lado. 
Sabe de uma coisa? Acho que posso até pensar em um dia ser mãe. Isto é realmente uma novidade para alguém que já pensou em não ter filhos.
 Mas para isto acontecer, ou melhor, ocorrer, ainda falta um namorado, futuro noivo e quem sabe até um marido. Sei lá, conto de fadas, ainda me parece com uma realidade muito distante.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O que um adivinho pode fazer por você

Ele falou: No ano tal você não deve ... Calma, não era uma frase extraída do meu livro favorito, era alguém tentando me explicar o que um paranormal poderia fazer pelo meu futuro. Eu sempre quis ser um dos personagens do Tiziano Terzane, em seu "Um Adivinho Me Disse", mas jamais imaginei que seria em uma tarde de sábado, na casa de uma das minhas melhores amigas.
Foram 10 minutos de conversa suficientes para que eu engasgasse e um nó ficou preso em minha garganta, tentei esconder minhas emoções e soluço abafado se mostrou tímido entre uma fala e outra. Acho que viajei até o ano de 1998, depois fui direto para o ano 2000, me prendi a 2007 e fiquei bem atenta a 2010. E sabe de uma coisa estava tão vazia que toda aquela conversa parecia não ter sentido nenhum. Minhas lágrimas só me avisavam que precisava viver. 
Mas afinal o que um adivinho poderia fazer por mim? Prever o meu futuro? Descobrir um passado que nem eu mesma lembro? Ou apenas me encorajar? Sabe, sempre fui curiosa em relação ao desconhecido, mas sempre gostei de não conhecer algumas respostas.


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Procura de uma nova cor

A primeira vez que percebeu ser dona do seu próprio nariz foi quando precisou escolher entre ficar e continuar. A vida a mandou para lugares sombrios e colocou um pouco de luz entre um e outro caminho para se lembrar o quanto era bom estar no aconchego de casa. A partir de então, seu destino tratou de mudar e ela começou a ver arco-íris. Ela não tomou chá de cogumelos, LSD, ou qualquer droga alucinógena, talvez tenha colocado um pouco mais de noz moscada na massa, mas mesmo assim não era o suficiente para mudar a percepção dela de realidade. Provavelmente tenha nascido com algum problema de percepção, ou então, se fingia de cega para ver se o mundo fica mais feliz. 
Era um jeito ingênuo de tampar o sol com a peneira, mas que tinha funcionado até então. O que mudou? Disseram que roubaram seu tampão de ouvidos e seus óculos de dormir.  Agora era a claridade que a cegava, porque o mundo era injustamente feio e belo. E ela estava tão acostumada a selecionar apenas a beleza que o horror daqueles dias fazia com que seu coração agonizasse de tristeza. Precisava viver uma nova história para ver se era possível colorir aquela que já existia. A mocinha não era triste, só estava encabulada com a possibilidade da solidão e por algum motivo bobo resolveu ir embora.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E depois de quase um ano você foi embora. E isto não me faz feliz ou infeliz, só me deixa assim sem saber se devo ou não sentir saudades.
Outro dia perguntei: O que estamos fazendo? E a resposta veio em forma de silêncio, porque você ficou mudo e poucos dias depois sai da sua vida e você da minha. 
Acredito que vou sentir saudades, mesmo não devendo sentir. O seu mundo mudou o meu também, mas não mudamos como pessoas, pois continuamos íntegros e inteiros. E quer saber: Não fizemos nada de errado, apenas chegamos no limite de nos apaixonar. Dissemos olá para a paixão e deixamos ela ir embora, sem nenhuma chance para um segundo ou terceiro reencontro, apenas sentimos ... 
E como tudo, desta vez, foi  no tempo errado, deixei para uma outra vida o que não posso ter nesta.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Espera

Demorei muito para me perguntar: Afinal, o que estamos fazendo? Cheguei a conclusão, depois de quase um ano, que ainda não sei. E talvez a magia resida nesta não compreensão, algumas coisas, mesmo sendo absurdamente erradas, como são, foram feitas para não serem compreendidas. 
Ok ? Então, depois de quase um ano, tenho um outro questionamento: O que quero?
Nada, por hora, não dá para querer. 

domingo, 2 de janeiro de 2011

2011

Estou aqui ensaiando as palavras, aquelas que pareçam mais certas e apropriadas para este 2011 que começa. Logo percebo que não existe esta história de palavras certas, muito menos de um comportamento apropriado, pois quando penso apenas quero continuar com esta vontade maluca de viver, mudar sempre e manter esse instinto tão meu de compartilhar as pequenas felicidades.É por isso que gosto de sentar numa mesa com os amigos, rir das bobeiras tão nossas, chorar juntos, mandar torpedos apaixonados e lembrar que posso.
Em 2011 renovo minhas promessas, como aquelas de perder quilos, me sentir mais bonita, ser mais amiga e poder ser menos "chata". Trago comigo, também, um baú, semi novo, com quase três décadas de existência, mas completamente "meu" e cheio de presentes que ninguém pode roubar, a não ser, um tal de alzheimer.  Quero deste 2011 me sentir realizada, que os beijos sejam intensos, as amizades leais e o trabalho seja algo que possa me orgulhar...

Mas, quero muito ver os amigos, conhecidos e leitores felizes.