terça-feira, 28 de setembro de 2010

O garoto gigante

Desde que o conheci não o esqueço. Seu tamanho de gigante, seu olhar para o nada e seu mundo que não entendo. Ao seu lado uma Maria que sofre por não poder mais ajuda-lo. Lucas tem 15 anos é um adolescente autista, abandonado pelo pai e pela sociedade. Ele não tem voz, não tem reação, apenas sente o mundo do seu jeito, bate no peito, sacode o portão e bate, bate, bate ... Ele é um garoto agressivo, por natureza e não por querer. O mundo dele e de sua família é de uma dor insuportável até para quem apenas se aproxima, não consegui ficar na vida deles, mas meus pensamentos também não conseguem sair. Lucas é também doce e apaixonado pela mãe, enquanto estive por perto ele a abraçou e beijou o tempo inteiro.
A última notícia que tive deles era que nenhum médico queria atende-los, ninguém quer se responsabilizar pelo garoto e sua família. Dona Maria Joana está doente, não tem dinheiro e não consegue levar o filho para fazer o tratamento que precisa. Ela não cuida do Lucas e nem dela.
E no fundo ainda me sinto culpada por não poder ajuda-los mais do que com uma matéria no jornal.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Charlie Brown Jr. Vanessa da Mata - vermelho.




Vermellho - 


Gostar de ver você sorrir
Gastar das horas pra te ver dormir
Enquanto o mundo roda em vão
Eu tomo o tempo
O velho gasta solidão
Em meio aos pombos na Praça da Sé
O pôr do Sol invade o chão do apartamento
Vermelhos são seus beijos
Que meigos são seus olhos
Ver que tudo pode retroceder
Que aquele velho pode ser eu
No fundo da alma há solidão
E um frio que suplica um aconchego
Vermelhos são seus beijos
Quase que me queimam
Que meigo são seus olhos
Lânguida face
Seus beijos são vermelhos
Quase que me queimam
Que meigos são seus olhos
Lânguida face
Ver que tudo pode retroceder
Que aquele velho pode ser eu
No fundo da alma há solidão
E um frio que suplica um aconchego

Comemoração

Hoje sai para comemorar a minha tão esperada, sonhada e planejada CNH, só tive a companhia de uma amiga. E são nessas horas que entendo que depois de um tempo aprendemos a nos divertir independente da quantidade de pessoas ao nosso lado.
Agora, neste momento, estou aliviada, sinto que o monstro que vivia dentro do meu armário foi solto.Estou liberada da guarda dele e por isso livre para poder voar. Calma? Só abri a porta para que vida prossiga e que fantasmas escondidos nos armários dêem o fora.
Adoro saber que esses momentos de pura paciência são importantes para alimentar as minhas fantasias, que ainda são um pouco adolescentes.
Agora é hora de respirar fundo e aguardar pelas cenas dos próximos capítulos.

Rapidissima

Sim, agora eu tenho carteira de motorista. Depois de 76 dias ela chegou, rs!!!  \o/

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Um dia

Um dia terei uma casa com um quintal, que pareça mais um campo, de mini girassóis.
Ela será pequena e confortável, com paredes coloridas e quadros pintados cuidadosamente com areia de artista.
Da minha  janela  quero ver o mar.
Nos corredores alegres, do nosso lar de paz e amor, quero crianças: loiras, ruivas, orientais, amarelas, pequenos seres  felizes que possam conosco compartilhar a alegria da existência.
Quero abrir a porta e ver um cachorro que pule no meu colo, que ame a todos sem diferença e abane o rabo só para mostrar o quanto é feliz entre nós.
Quero sextas festivas, com churrasco, campeonato de pingue e pongue, vídeo game e família.

sábado, 11 de setembro de 2010

Paz

A tentativa de encontrar paz começa finalmente a fazer sentido. Paciente, imploro à minha mente para que ela não faça besteiras, por favor, se afaste desses vícios infantis e obsessivos que por tantas vezes já me fizeram mal me levando a viver situações repetidas. Parece que, ela, a mente resolve concordar com o "tom" das minhas orações e me deixa finalmente viver sem aquela angustia constante. 
Tenho a nítida sensação que o sentimento de abandono que foi plantado durante o feriado se foi, assim como aquele tampão que cobria meus olhos e não me permitia ver com nitidez aqueles olhos cor de mel. Começo a venerar o tempo e a perceber que tudo começa a ter mais sentido que ontem, quando me remoía uma raiva ressentida, por um alguém que insiste em me ligar e me acordar nas horas mais impróprias, me devorava. Fico com tanta vergonha do jeito estupido e grosseiro com o qual  o venho tratando que prefiro esquecer. 
Não tenho mais vontade de chorar e tenho a certeza que por hora quero apenas manter essa paz dentro de mim, sossegada, centrada e que se situa num altar exclusivo. 
Tenho vontade de ler, estudar, nadar, correr, ver filmes, conversas com amigos e celebrar a alegria de ter tanta gente especial ao meu redor.
Escute aqui, porque tenho conhecido gente, pessoas, corações, almas... São seres apaixonados e que compartilham um universo de possibilidades. Gente das quais olhando nos olhos posso ver parte do meu sorriso refletido. 
São amigos que me acompanham por uma vida inteira, outros que aparecem e que estão prontos para ficar por perto. Almas com as quais troco segredos, com outras troco livros e os mesmos gostos e até os mesmos medos.
Pessoas com as quais posso contar para pedalar na água, segurar uma lágrima e me perder nos meus delírios infantis. Amigos para começar projetos e uma nova vida. Outros para apenas se fazerem presente todas as manhãs, por meio de um bom dia, sincero de msn.  
São amigos com quem posso rir, chorar e as vezes até ficar zangada. 
É bom fazer parte de um time que tem no fundo uma mesma energia, de uma geração que se encontra e reencontra a cada novo dia. Por hoje estou feliz por estar em paz.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Casamento estou fora

" Vou ali colocar um Santo Antônio de cabeça para baixo dentro de um copo d'água" ????????? Quem sabe assim você não aceita minha proposta de casamento".
É difícil entender que eu, Ana Carolina Guimarães, NÃO quero me casar com você.
Isso virou  obsessão na vida dele. E toda vez que " ele " faz isso tenho certeza que não quero me casar com ele e nem com qualquer outro. A verdade é que não estou pronta para assumir qualquer compromisso sem que nele haja amor.

***
Acabo de me lembrar que estou bem sozinha e feliz solteira.

Obs: Por favor esqueça esse negócio de costurar meu nome na boca de um sapo, de pedir aos orixas que eles lhe permitam uma nova chance comigo, ou que o Santo Antônio torne nossa relação possível. Peça a eles apenas alguém que o ame.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sob a luz sinto

Parque Areião
Sob a luz dourada do sol, sinto a extensão dos dias sem chuva do cerrado goiano, porque aqui faz calor, calor e calor... Às vezes a beleza dos bougainvilles, que vejo da minha janela, são o suficientes para me lembrar o quanto é bom estar em Goiânia, perto de quem amo e fazendo coisas que me dão prazer. 
Em dias como hoje consigo calar meu coração, ouvir um pouco da razão e me perder dentro da claridade e da obscuridade dos meus desejos. São dias em que quero andar perto dos meus impulsos e acordar sem nunca ter desejado ou esperado por beijos seus.
Agora que o sol encontrou seu centro e clareia a minha monótona fantasia de querer controlar o tempo, fico acelerando os segundos, para que minha paciência sobreviva a espera de um novo reencontro. Daqui perco a noção do horizonte e o espelho me mostra imagens deformadas, que se alongam e diminuem, serpenteando a minha volta. O calor, sem uma unica brisa, representa uma grande angústia depois que meus pés tocaram praias distantes e é por isso que hoje estou cheia de uma saudade sufocante. 
O que produz essa saudade?  Essa vontade de ver tudo que ainda não conheço? Essa vontade de estar perto de quem ainda nem existe direito? 
Sinto dificuldade em reconhecer que quero continuar livre, que quero encontrar pela primeira vez alguém decente, desses conquistadores que amem de verdade e não fiquem apenas no plano da paquera desenfreada. Entretanto com tantas desilusões, o tempo ficou cinza, coberto por toda essa neblina de fumaça das queimadas.  Ao pôr-do-sol quero encontrar sonhos incandescentes com a promessa de uma amor real, maduro e quente.   

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

domingo, 5 de setembro de 2010

A Casa dos Espiritos

Terminei de ler o primeiro livro, da escritora Isabel Allende, a Casados Espíritos. A autora é de uma sensibilidade impressionante, capaz de nos transportar até as emoções de seus personagens de uma forma real. É como se fôssemos capazes de tocar nas lágrimas de Alba,  acariciar os cabelos verdes de Rosa e quem sabe segurar até cada impulso de fúria do Senador Trueba. Mas a melancolia de Clara, a clarividente, acabou me perseguindo por toda obra e meu choro ficou preso e livre ao mesmo tempo. Acabei a leitura com vontade de ler mais sobre aqueles espíritos que preenchem as páginas do livro.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Nada melhor

Nada melhor que o "tempo" para apagar os pesadelos, modificar os sonhos e inspirar a paciência.
Nada melhor que a "fé" para cegar, insistir, acreditar e iludir.
Nada melhor que a "solidão" para esquecer, aprender e encontrar.
Nada melhor que ...
Estou aprendendo e dessas coisas que nos fazem melhores quero apenas uma chuva calma que lave as incertezas e traga boas novas.