domingo, 31 de janeiro de 2010

Meu primo casou!

São 13h10 de domingo, a última vez que dormi foi de sexta para sábado, ainda estou sem sono. A festa de casamento do meu primo, como diriam meus amigos facombianos, bombou. A festa foi perfeita e a emoção de ver um primo irmão casando, da mesma idade que eu, foi indescritível. Antes que os engraçadinhos de plantão se manifestem, eu não estou para titia... Eu consegui aumentar ontem a minha coleção de bouquet de noiva. Dessa vez evitei passar a vergonha habitual de ser chamada de encalhada pelo o noivo (primo) e acabei me apossando de um grinalda de noiva e correndo para fila das desesperadas. A Mi jogou um sapinho-príncipe e um bouquet. E adivinhem ? Eu não peguei o sapo, peguei o Bouquet mesmo ... já foram rosas, margaridas e agora copos de leite.
A noite de ontem foi mágica e não foi por causa das doses de whisky a mais. Foi porque descobri que reencontros sempre podem ser bacanas, mesmo que você não se lembre direito da pessoa. Porque família é a melhor coisa do mundo, assim como as amizades e o carinho de pessoas especiais.
Eu chorei de ver meu irmãozinho casando. Eu sei que ele será muito feliz e a Mirella é uma mulher muito especial. Mas, eu realmente chorei porque senti saudades da nossa infância, da nossa adolescente e agora sinto um novo mundo se formando... As coisas sempre mudam e ainda bem que são para melhores.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Recomeço



O mundo não acabou. Tem coisas que o tornam mais difícil, só que ele não é. Tento sobreviver aos inevitáveis golpes e hoje, agora, eu simplesmente apenas consigo me lembrar de Natal. Porque foi lá que aprendi o quanto é duro lhe roubarem os sonhos e a estabilidade, o quanto é complicado não te reconhecer ao entardecer.

Estou aqui lembrando o quanto era bom ver o sol se pôr no alto do Morro do Careca e sentir naquele pequeno espaço de tempo, que o medo poderia se esconder bem no fundo da minha alma. Alguns pavores dão lugares a outros e numa roda, quase que gigante, se minimizam dentro de um espaço infinito de retorno. Seria ele combustível da memória? É engraçado o quanto os sentimentos são recorrentes e o como é bom poder significá-los.

São dias turbulentos em família. Muito se fala pouco se prova e alguns se magoam. São nuvens carregadas com dias cinzentos, daqueles de assustar até o maior e mais competente invejoso. Os burburinhos continuam, assim como as dúzias de mentiras. Não quero mais escrever rascunhos, agora quero apenas o meu espaço e os meus medos.

E no final só me deixem chorar, porque estou cansada de estar tão seca de emoções.

domingo, 17 de janeiro de 2010

No bar

- Êh manim na hora que eles aceitarem cartão de crédito você tá enrolado?
A frase é de um amigo falando para o outro numa mesa de bar, depois que uma criança pediu uns trocados e ele respondeu que só tinha cartão de crédito.

A menina era alta, loira, cabelos presos num coque desarrumado, um pouco bonita, um pouco desajeitada, um pouco menina e outro tanto mulher. O rosto estava manchado de terra, suor e um pouco de tristeza.
Quem era ela? Sinceramente não sei.
Era pouco mais de zero hora, quando ela e os irmãos apareceram no bar. Eles, disseram que apenas queriam dinheiro para voltar para casa. Dessa vez nenhum deles tinham CDs ou DVDs piratas para vender, nem balinha e nem qualquer outra coisa. As mãos estavam vázias. Assim como estavam aqueles olhares. Entre eles uma outra brincadeira, um burburinho, uma piadinha, um sorrisinho.
Quem sabe a menina, alta, não sonha em ser modelo? Quem sabe o baixinho sorridente não quer ser o Ronaldinho? Ontem eles queriam apenas retornar...
E logo veio o rapaz cego. Ele se segura num pedaço de pau e passa de mesa em mesa a espera de uma ajuda. Cruel o destino! Cruel estarem aquelas horas na rua a espera da caridade ou da boa vontade dos bêbados da cidade.
É sabado e a única coisa que a maioria das pessoas precisam é esquecer. É o momento de ser um pouco mais egoísta e não ver o outro. Mas acabamos por ver o outro, porque eles fazem questão de serem vistos e ficamos nos culpando por não poder fazer muito.
Naquele mometo os tostões da carteira parecem ser o máximo que se pode fazer por eles.
Quem sabe a bela menina não ganhe as passarelas como destino e abandone a ruas.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Esse 2010

Não consegui fazer meu balanço sobre o ano de 2009. Na verdade preferi não listar os acontecimentos. Por que? Foi um ano assim... assim... como eu poderia me expressar ??? Um ano "morno", em tons pastéis e sem grandes acontecimentos.
Bem, 2010, já se parece com um ano de trovoadas, não apenas pela quantidade de chuvas, mas pelas tragédias. Mesmo que não esteja nelas, em Angra ou no Haiti, essas histórias nos abalam de alguma forma, nem que seja só de pensar no pavor que as pessoas estão sentindo ou até mesmo de ter que chegar perto deste horror.
Tomara que as coisas ruins de 2010 tenham se concentrado no mês de janeiro e que os outros 11meses deste ano, sejam maravilhosos e produtivos. Não, que eu seja Poliana, mas um ano não pode ter 12 meses de tragédias.