
Em alguns momentos sou sensível de mais para tanta barbaridade, talvez por isto mergulhe tanto no meu mundo interno, onde histórias fantásticas são mais aconchegantes que balas de execução. Nas férias invento pequenos amores, na esperança que eles me tirem da rotina, que preencham vazios de carinho, de alguém tão acostuma a ler e escrever sobre a ausência do afeto. Afinal, lido com a morte, roubo, estupro, pedófilo e tantas coisas ligadas a violência.
O mundo que retrato nas páginas do jornal é cruel, doente e cheio de pequenos capítulos de ruptura, onde amor, compaixão e caridade são palavras pouco empregadas. Em algum momento achei tudo até divertido e importante. Desejei ser delegada de polícia e assim de alguma forma ajudar as pessoas.
Com o tempo percebo que minhas conexões e o sentido que quero para minha vida é outro. Gosto da beleza, das flores, do mar, de uma tarde em um parque, de um bom restaurante, de um beijo apaixonado, do meu cachorro, do céu azul. No fim percebo que ser um "Y", tem implicações psicológicas de mais.
3 comentários:
O que é ser um Y? =S
Adorei a imagem!! Um sonho mesmo o jornalismo nos abraçar assim, tão gostoso...
Acho que a gente pode fazer outra coisa sim, mas não sei responder se alguma hora estaremos seguras e satisfeitas. Eu não gosto de notícias policiais e não consegui trabalhar com isso... O mundo é muito mais que o próximo caso trágico e eu nem quero ficar sabendo rs
bjoss
.-. nos seus textos, sinto uma mistura de sentimentos, a necessidade de algo maior e ao mesmo tempo das coisas simples e pequenas. me identifico muito (:
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