sexta-feira, 25 de maio de 2012

Pamonha de vó


Quem nasceu em Goiás tem sempre uma história 'boa' para contar sobre as tardes perto de uma gamela de milho. Hoje em um destes papos de copa da redação a Karla Jayme e a Cláudia do Campo lembraram destes tempos de menina quando o dia mais feliz de todos eram aqueles quando todos os primos se reuniam junto com aquela infinidade de tias e tios para fazerem a tradicional pamonhada de família.

Um dia desses é daqueles bem festivos, onde todos os significados de família ganham significados. Até as briguinhas ficam esquecidas quando a memória busca o calor dos panelões que ficam no fogo aquecendo litros de água a espera das pamonhas. Os mais novos descascam o milho, os jovens limpam o milho, as tias lavam o milho e tiram todo aquele cabelo dele, depois entregam as espigas para os mais fortes ralarem o milho e deixarem o suco nas gamelas. A vó tempera a massa. E as mães montam as pamonhas. Uma sinfônia perfeita de integração entre uma família de sete filhos, 30 e tantos netos, alguns bisnetos e os tataranetos, bem, nesta época ainda nem existiam. 

As pamonhas borbulham no fogo. A meninada corre no quintal, brincam, assustam, empurram e emburram enquanto esperam pela pamonhada. Depois...
" Eu quero de doce...
"Deixa à moda pra mim".
 "Já não falei que a de sal é minha". 
Calma, gente tem pamonha para todo mundo", grita uma tia, que chega com uma travessa cheia de pamonhas fazendo a festa da família.

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