segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Uma tarde de Sonhos


Olhou novamente, com um sentimento saudoso, a linha imaginária do encontro do oceano Atlântico com o azul celeste. Liberdade, era a primeira coisa que lhe passou na mente. Estava livre. Vestia um blusão branco, os pés, descalço, pisavam a areia, a brisa de fim de tarde e um monte de turista bebendo, comendo e rindo faziam parte do cenário da tarde inesquecível de segunda-feira.


Levou uma bolsa azul. Nela: uma caneta, protetor solar – fator 30, uma toalha verde, óculos escuros e uma chinela rosa.


Ansiosa, aguardava por um toque no celular. O telefone tocou, às cinco horas da tarde, para acabar com aflição. A moça, educada, entrou em contato para marcar a "famosa" entrevista do curso abril de jornalismo.


Naquele momento ter o texto aprovado significou um monte de coisas... Das coisas que sei é que aquela era a prova de que poderia continuar insistindo nos sonhos. Poderia buscar por novas inspirações e que os muitos nãos, daquele ano, poderiam se transforamar em sim(s). Precisava acreditar em alguma coisa. Sentia uma euforia que entrava em ebulição interior. Percebia que uma vida de sonhos não poderia ser uma vida de ilusões. Naquele momento, olhando o céu azul, sabia que havia feito a escolha certa, em 2000.


Os pés afundaram na areia e um grito interno ecoou nos olhos. O companheiro de viagem, o amigo, o namorado, parecia não compreender a extensão daquela felicidade, imediatamente boa. Ele perguntava o que era aquilo ? O que significa esse curso no ínicio de uma carreira de jornalista? Tentou explicar usando analogias com a carreira militar, não se sabe se ele entendeu.


Precisava anotar o endereço e os telefones de contato. Estava sem papel. A primeira sugestão: Anote na areia o endereço. Na areia, qualquer onda ou algum vendedor de muamba de praia, poderia apaga-los, antes mesmo de encontrar um papel e uma caneta. Escreveu no braço o endereço. Era no setor Comercial Norte, em Brasília, no edifício Word Brasília trade, na revista exame. Anotou. Ligou para casa, passou o endereço e pulou de alegria.


Pulou, correu na areia, jogou água salgada para o ar e sorriu infinitamente de felicidade. Era um dia mágico, um dia inesquecível. Um daqueles poucos momentos que nos fazem compreender o porquê de sermos o que somos. Talvez a resposta de um ano confuso, louco e extremamente produtivo.


Novembro de 2007 foi um daqueles momentos dos quais você deseja que exista eternamente. Hoje, ela sabe que no dia do aniversário, o universo mudou. Agora, uma nova vida, um novo homem e principalmente que existem uma enxurrada de desejos para serem satisfeitos.


Não fiz o curso Abril, mas refiz minhas esperanças.

Um comentário:

Fellipe Fernandes disse...

vamos tirar a poeira do blog????
kkkkkkkkkkk
atualiza, ana!
bjos